Saia logo do limbo, caríssimo inimigo
Próximo da Avenida Pacaembu o carro se viu no meio da saída dos torcedores do Corinthians.
Os ocupantes do carro, entre os quais eu mesmo, começaram imediatamente a reclamar e amaldiçoar o timão por quase nos bloquear o caminho e transformar o trânsito daquela hora do sábado no inferno habitual dos dias de semana.
De repente alguém dentre nós fez uma pegunta pertinente, mas que ocasionou um longo e embaraçoso silêncio: “ mas afinal, com quem o Corinthians jogou?”
Ninguém soube responder naquele carro onde não havia um único corintiano.
Ficamos assistindo a saída daquela torcida com suas camisas, suas bandeiras tudo tão familiar, mas ninguém sabia contra quem tinham jogado.
Nada do adversário, nenhuma informação.
Era como se tivessem jogado contra ninguém, como se comemorassem a vitória sobre algo invisivel, talvez inexistente.
E de repente me ocorreu que essa era a tragédia da segunda divisão: o esquecimento.
Ninguém sabia contra quem o Corinthians tinha jogado porque o time não estava mais entre nós.
Não fazia mais parte das nossas preocupações. Estava num limbo, num vazio, sobre o qual havia as costumeiras noticias nos jornais, com placar, renda, goleadores,etc. Mas contra quem? Quem seriam os times misteriosos que mereciam a atenção daquela enorme massa torcedora?
Nunca tinha me acontecido coisa parecida desde a infância, isto é, excluir o time do Parque São Jorge do meu horizonte de preocupações.
Nunca tinha me acontecido de perdê-lo de vista e principalmente não me preocupar com ele.
Não saber que lugar ocupava na tabela, quando meu time teria de enfrentá-lo, quem estavam contratando, essas coisas que fizeram parte do futebol como eu o entendo por tantos anos.
Sequer me ocorria torcer contra ele, uma das atividades mais agradáveis a que se entregam os não corintianos através dos tempos.
O Corinthians definitivamente entrou em outra dimensão e se encontra num mundo a parte.
Sei que os corintianos não percebem isso, evidentemente.
Para eles o time está aí, presente, preparando-se para voltar à primeira divisão e eles encaram a segundona como uma competição qualquer.
Abrem os jornais e lá está Mano Meneses.
Ligam a televisão e lá estão as camisas alvinegras como sempre.
Eles não sentem falta do time.
Mas nós sim.
É a nós, os antitimão de todas as espécies, que o Corinthians faz falta.
Me entristeceu não saber quem era seu adversário ali no trânsito do Pacamebu depois da partida.
Me entristeceu ver o Corintthians tão distante.
Fui atingido subitamente por essa estranha verdade: esse time me faz muita falta.
Constato que pior do que perder para o Cointhians é não tê-lo como adversário.
É sua presença que garante a grandeza dos demais: só se é realmente grande depois de vencer o Corinthians em alguma decisão empolgante, num domingo de sol, com o estádio lotado.
Não ter essa possibilidade é uma perda irreparável.
Há pouco tempo conversando com meu amigo doutor Clovis Lombardi constatamos que os dois, anticorintianos fervorosos desde a pré-história, nos lembrávamos de todos os nomes de um longínquo, lendário ataque do destável clube: Claudio, Luisinho, Baltasar, Carbone e Mário.
Esse é o time que me atormenta desde a infância e a quem faço um apelo.
Saia logo dessa nebulosa em que se encontra, volte desse lugar misterioso.
Volte, por favor, odiado caríssimo inimigo.
Por Ugo Giorgetti
quinta-feira, outubro 02, 2008
Eu te amo não diz tudo!
EU TE AMO NÃO DIZ TUDO
(Arnaldo Jabor)
Ele(a) diz que te ama... então tá! Ele(a) te ama! Assunto encerrado!!
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
E vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d`água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"
(Arnaldo Jabor)
Ele(a) diz que te ama... então tá! Ele(a) te ama! Assunto encerrado!!
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
E vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d`água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"
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