segunda-feira, maio 04, 2009

Corinthians Campeão Paulista 2009


Corinthians, invencível Campeão Paulista de 2009

São Paulo vivia um dia de festa. Era noite de Virada Cultural, evento que tomou as ruas da cidade com centenas de atrações culturais. E, as 16 horas, faltava último capítulo da festa. Outra virada, aquela que começou ainda em 2008: a virada corinthiana.

O Santos chegou ao Pacaembu disposto a mudar a história que parecia já ter um final destinado. Com menos de um minuto de jogo, Kléber Pereira, que tantos gols perdeu na partida de ida, teve sua primeira chance, que foi barrada por conta de uma irrgularidade no lance. No minuto seguinte, quem resolveu mostrar seu cartão de visita foi o Corinthians, com André Santos.

A partida era equilibrada, apesar do Corinthians ter chegado um pouco mais ao gol de Fábio Costa até os 10 minutos. Imperava o respeito entre as duas equipes. A partir daí, só deu Santos que, ciente da necessidade de marcar gols, resolveu pressionar. Madson, que jogava muito bem, fez fila na defesa do Corinthians e bateu cruzado. A bola saiu, perigosa, a direita do gol de Felipe.

Neste momento, começaram os primeiros semblantes de preocupação nos rostos dos corinthianos. Especialmente quando Kléber Pereira marcou o primeiro gol da equipe, de pênalti cometido por Felipe. Goleiro de um lado, bola de outro, para tirar a "nhaca" e abrir o placar da final. Faltavam dois.

O fato era que até aquele momento, o Corinthians estava apenas assistindo o Santos jogar. Entretanto, há uma mística na história da equipe de Parque São Jorge de que nada é fácil e também que, nos momentos mais difíceis, a equipe busca forças do fundo da alma para lutar até o fim. André Santos recebeu de Jorge Henrique dentro da área e bateu com força, com raiva, entre Fábio Costa e a trave direita, empatando a partida.

A partir daí, o Santos voltou a estaca zero. Novamente, precisando de três gols de diferença para ser campeão. Isso inverteu o jogo. O Corinthians passou a jogar com tranquilidade, enquanto seu rival diminuiu o ritmo.

Nos 45 minutos finais, as equipes voltaram sem mudanças. O Corinthians, com uma postura mais defensiva, marcava em seu campo. O Santos ainda tentava, mesmo que sem muita empolgação, mudar o jogo.

O Corinthians passou a dominar as ações e Fabio Costa passou a aparecer na partida com defesas importantes. O Santos, por sua vez, ficava nervoso. Tanto que cartões amarelos passaram a pipocar, uma vez que os atletas passaram a jogar duro.

Para deixar os santistas ainda mais nervosos, os quase 37 mil corinthianos passaram a ensaiar um olé, quase que contando os segundos para soltar o grito preso na garganta. Entretanto, ainda havia muito jogo a se disputar. E Ronaldo tentava, queria deixar sua marca, dar a virada para o Corinthians. Ele não fez seu gol, mas conseguiu tirar Domingos de campo.

Fora de campo, a Fiel era uma festa só. Aos gritos de "O Coringão voltou!" e de "É Campeão", contava os minutos para o final da partida. No apito final, explodiu o coração corinthiano, que tanto sofreu, que tanto esperou pelo momento de comemorar o renascimento do Corinthians e dizer, de peito aberto: "O Coringão Voltou". O empate por 1 a 1 garantiu o título. "Corinthians, Campeão Paulista Invicto!

sexta-feira, janeiro 16, 2009

30 coisas que você não sabia sobre a Invasão Corintiana no Maracanã, ocorrida há 30 anos.

Corinthians entra em campo para semifinal Títulos importantes, cada time tem os seus. Uns mais, outros menos. Ídolos, também. Mas torcida não. Discorda?

Como equiparar, então, a torcida do Corinthians, que levou 75 mil pessoas ao Maracanã em uma semifinal de Campeonato Brasileiro? Mesmo tendo um time infinitamente inferior ao do Fluminense, o rival de então. Mesmo vivendo um jejum de 21 anos e nove meses sem títulos importantes.

5 de dezembro de 1976. E nem final era. A “Invasão Corintiana”, como aquele evento ficou famoso, foi mais do que um jogo de futebol. Foi um evento social e popular. Foi uma nova referência de estudo para psicólogos. Foi um case de marketing.

Um fenômeno que nunca mais vai se repetir. Se você duvida disso, a Invicto conta 30 histórias que mostram por que a Invasão, há exatos 30 anos, foi algo especial. Sem precedentes e sem repetições.


1 O primeiro ônibus da Gaviões da Fiel que saiu de São Paulo em direção ao Rio estacionou na Quinta da Boa Vista às 9h30. De sábado

2 Levantamento feito nos quatro pontos de pedágio entre São Paulo e Rio estimou em 60 mil os corintianos que fizeram o trajeto pela Via Dutra. Outros 15 mil, segundo os mesmos cálculos, usaram outras rodovias. A viagem mais longa foi a de um grupo de torcedores que saiu de Goiás: 1.320 quilômetros, em 18 horas

3 O Corinthians desembarcou no Galeão às 14h45 de sábado e foi recepcionado por dez mil torcedores. As TVs e rádios do Rio fizeram insistentes pedidos para que os torcedores não fossem mais para lá

4 Se, de avião, a viagem São Paulo-Rio durou só 40 minutos, o Corinthians levou quase duas horas no trajeto entre o aeroporto e o Hotel Nacional, em São Conrado. O ônibus empacou várias vezes no caminho porque os corintianos invadiam as ruas para saudar o time

5 Ao entrar no Hotel Nacional, outra surpresa: as bandeiras do Brasil que ficavam expostas no lado de fora do saguão foram arrancadas pelos fãs. E trocadas por emblemas do Corinthians

6 A recepção da torcida no hotel foi tão surpreendente e calorosa que o presidente corintiano, Vicente Matheus, então aos 68 anos, chorou copiosamente. Pouca gente viu. Ele se escondeu para não enervar o grupo. De pijama, o próprio Matheus deixou seu quarto às 3h de domingo pedindo aos torcedores para diminuir o barulho e deixar o time descansar

7 Na tarde de sábado, cerca de 15 torcedores tentaram colocar uma bandeira do Corinthians de 50 metros de extensão no Cristo Redentor. Alguns deles tentaram escalar as laterais do Cristo para colocar a bandeira, quando a radiopatrulha chegou e impediu o plano

8 Tomada pelos torcedores vindos de São Paulo, Copacabana parou seu trânsito na madrugada de sábado para domingo

9 Atletas e comissão técnica dormiram tarde na véspera da partida. O técnico Duque chamou um pai-de-santo para “iluminar” os jogadores. Houve até princípio de incêndio com a queda de uma das velas no quarto reservado para o ritual...

10 ...que rolava também fora dali. As praias de Copacabana, Ipanema, Leblon e Botafogo amanheceram no domingo forradas de garrafas, velas e outros apetrechos. Era a macumba dos torcedores corintianos tentando garantir força extra na decisão

11 Boa parte das estátuas do Rio tinha bandeiras do Corinthians no domingo

12 Alguns corintianos foram ao Rio de bicicleta. E um, pelo menos, saiu de São Paulo e foi ao Maracanã a pé

13 A presença corintiana nos aeroportos e rodoviárias do Rio foi tão grande que algumas companhias receberam os torcedores com pequenas flâmulas do time visitante

14 “Operação Corinthians”. Assim foi batizada toda a operação da polícia do Rio de Janeiro na partida

15 Até um aborto foi feito na enfermaria central do Maracanã. Era uma corintiana de 22 anos, que começou a perder sangue na arquibancada por volta das 14h30. Ela foi transferida à maternidade Fernando Magalhães e não pôde ver a partida

16 Todas as camisas do Corinthians, tanto dos titulares quanto dos reservas, foram benzidas antes do jogo

17 O Corinthians costumava sofrer nos pés tricolores desde que perdera Rivelino para as Laranjeiras, no começo de 1975. Em quatro jogos, foram duas derrotas (4 a 1 e 2 a 1), um empate (0 a 0) e só uma vitória (2 a 0)

18 Duque, o supersticioso técnico corintiano, fechou o vestiário do time imediatamente ao chegar ao estádio. O motivo? Ele viu um homem de camisa preta, cor que poderia levar azar à equipe

19 Ruço, o autor do gol corintiano, arrumou briga em casa antes de consagrar a comemoração em que mandava “beijos doces” para a torcida. “Minha mulher ficou danada. Chegou a dizer que eu mais parecia um doido”, conta. Ele era também o atleta mais descontraído do grupo. Ruço e o zagueiro Moisés viviam infernizando os colegas

20 O volante Givanildo, principal nome corintiano, jogou com uma febre de quase 40 graus. Foi substituído por Basílio no segundo tempo

21 A chuva que alagou o gramado no intervalo quase fez o jogo ser adiado. O segundo tempo só começou 26 minutos depois do final da primeira etapa. O Fluminense queria a partida em uma nova data. O Corinthians, com um time menos técnico e que poderia levar vantagem com o terreno prejudicado, bateu o pé. Vicente Matheus alegou que não admitiria tamanha falta de respeito com a torcida no Maracanã

22 Impecável em campo, o lateral-esquerdo Wladimir, do Corinthians, chegou a ser aplaudido até mesmo pela torcida do Fluminense. Ele jogou de chuteiras verdes naquele dia

23 Tobias, goleiro do Corinthians, esteve perto de nem mesmo defender o alvinegro. Ele foi contratado pelo São Paulo no fim de 1975, mas uma manobra de Vicente Matheus mudou a história

24 No tempo normal, Tobias levou uma pancada na lombar e foi para os pênaltis sem estar 100% fisicamente. E mesmo assim pegou três cobranças, duas de Rodrigues Neto (uma precisou voltar, porque ele se mexeu) e outra de Carlos Alberto Torres. Ambos eram apontados como dois dos melhores batedores da época. Tobias tinha boa fama nos penais antes mesmo daquela partida. Pelo Guarani, em 1974, defendeu cobrança de ninguém menos que Pelé

25 O Corinthians nem precisou de sua quinta cobrança. Caso houvesse a necessidade, o encarregado seria Basílio

26 No Fluminense, Carlos Alberto Torres foi inicialmente escalado para bater a última penalidade. Mas pegou a bola para cobrar já a segunda porque Rodrigues Neto havia perdido a primeira

27 Corintianíssimo, Paulo Egídio Martins, então governador de São Paulo, resolveu presentear, do próprio bolso, o elenco alvinegro. A vaga à final foi tão sofrida que ele mesmo propôs aumentar a quantia

28 Rivelino, o craque do Fluminense, foi o último a deixar o Maracanã naquela noite. Chegou-se a especular que era medo de apanhar da torcida. “Que nada, eu estava no antidoping”, explicou

29 A derrota para o Corinthians desmontou o time que era chamado de “Máquina Tricolor”. Tanto que o Fluminense, campeão do Estadual do
Rio em 1975 e 1976, só voltou a ganhar a competição em 1980

30 A delegação corintiana foi recepcionada em Congonhas na manhã de segunda-feira por cerca de oito mil torcedores. A avenida Rubem Berta virou um extenso cordão alvinegro. O ônibus que levou o elenco ao Parque São Jorge foi invadido em movimento, e cerca de dez torcedores “surfaram” no ônibus até chegar ao Tatuapé.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Invasão: 32 anos

Completa 32 anos amanhã a histórica "invasão" corinthiana ao Rio de Janeiro, no jogo da semifinal do Brasileirão/76, entre o Timão e Flu. Segundo Celso Unzelte é, ainda, o jogo com maior público da história do Corinthians: 146.043 pagantes. É, também, uma das mais belas páginas de nosso esporte e da vida do Corinthians. O texto que segue é comentário de Nelson Rodrigues, no jornal O GLOBO, sobre o ocorrido. E uma peça histórica, magnífica, orgulho pra todos: corinthianos, tricolores e outros mais.

NELSON E A INVASÃO CORINTIANA


Nelson Rodrigues

1-Uma coisa é certa: - não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória. Ainda digo mais: - já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate. Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.

2-Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.

3-A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: - "O Rio é uma cidade ocupada". Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte.

4-Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time. Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel. Um amigo me perguntou: - "E se o Corinthians perder?" O Fluminense era mais time. Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corinthianos, quando faziam um prévio carnaval. Esse carnaval não parou. De manhã, acordei num clima paulista. Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam. Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca. Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.

5-Não cabe aqui falar em técnico. O que influi e decidiu o jogo foi a torcida. A torcida empurrou o time para o empate.

6-A torcida não parou de incitar. Vocês percebem? Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca. Os corinthianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou. Veio de São Paulo, a pé, um corinthiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians. O Fluminense jogou mal? Não, não jogou mal. Teve sorte? Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians. Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.

7-Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar. Ouvi ontem uma pergunta: "O que vai fazer agora o Fluminense?" Realmente, meu time não pode parar. O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca. Vejam vocês:

- empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato. Estivemos juntos um momento. Perguntei: - "E agora?" Disse - amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato. Como eu, ele não estava deprimido. O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota. Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.

No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.



NELSON RODRIGUES era tricolor e publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, no dia seguinte ao jogo Fluminense x Corinthians.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Saia logo do limbo, caríssimo inimigo.

Saia logo do limbo, caríssimo inimigo


Próximo da Avenida Pacaembu o carro se viu no meio da saída dos torcedores do Corinthians.

Os ocupantes do carro, entre os quais eu mesmo, começaram imediatamente a reclamar e amaldiçoar o timão por quase nos bloquear o caminho e transformar o trânsito daquela hora do sábado no inferno habitual dos dias de semana.

De repente alguém dentre nós fez uma pegunta pertinente, mas que ocasionou um longo e embaraçoso silêncio: “ mas afinal, com quem o Corinthians jogou?”

Ninguém soube responder naquele carro onde não havia um único corintiano.

Ficamos assistindo a saída daquela torcida com suas camisas, suas bandeiras tudo tão familiar, mas ninguém sabia contra quem tinham jogado.

Nada do adversário, nenhuma informação.

Era como se tivessem jogado contra ninguém, como se comemorassem a vitória sobre algo invisivel, talvez inexistente.

E de repente me ocorreu que essa era a tragédia da segunda divisão: o esquecimento.

Ninguém sabia contra quem o Corinthians tinha jogado porque o time não estava mais entre nós.

Não fazia mais parte das nossas preocupações. Estava num limbo, num vazio, sobre o qual havia as costumeiras noticias nos jornais, com placar, renda, goleadores,etc. Mas contra quem? Quem seriam os times misteriosos que mereciam a atenção daquela enorme massa torcedora?

Nunca tinha me acontecido coisa parecida desde a infância, isto é, excluir o time do Parque São Jorge do meu horizonte de preocupações.

Nunca tinha me acontecido de perdê-lo de vista e principalmente não me preocupar com ele.

Não saber que lugar ocupava na tabela, quando meu time teria de enfrentá-lo, quem estavam contratando, essas coisas que fizeram parte do futebol como eu o entendo por tantos anos.

Sequer me ocorria torcer contra ele, uma das atividades mais agradáveis a que se entregam os não corintianos através dos tempos.

O Corinthians definitivamente entrou em outra dimensão e se encontra num mundo a parte.

Sei que os corintianos não percebem isso, evidentemente.

Para eles o time está aí, presente, preparando-se para voltar à primeira divisão e eles encaram a segundona como uma competição qualquer.

Abrem os jornais e lá está Mano Meneses.

Ligam a televisão e lá estão as camisas alvinegras como sempre.

Eles não sentem falta do time.

Mas nós sim.

É a nós, os antitimão de todas as espécies, que o Corinthians faz falta.

Me entristeceu não saber quem era seu adversário ali no trânsito do Pacamebu depois da partida.

Me entristeceu ver o Corintthians tão distante.

Fui atingido subitamente por essa estranha verdade: esse time me faz muita falta.

Constato que pior do que perder para o Cointhians é não tê-lo como adversário.

É sua presença que garante a grandeza dos demais: só se é realmente grande depois de vencer o Corinthians em alguma decisão empolgante, num domingo de sol, com o estádio lotado.

Não ter essa possibilidade é uma perda irreparável.

Há pouco tempo conversando com meu amigo doutor Clovis Lombardi constatamos que os dois, anticorintianos fervorosos desde a pré-história, nos lembrávamos de todos os nomes de um longínquo, lendário ataque do destável clube: Claudio, Luisinho, Baltasar, Carbone e Mário.

Esse é o time que me atormenta desde a infância e a quem faço um apelo.

Saia logo dessa nebulosa em que se encontra, volte desse lugar misterioso.

Volte, por favor, odiado caríssimo inimigo.

Por Ugo Giorgetti

Eu te amo não diz tudo!

EU TE AMO NÃO DIZ TUDO
(Arnaldo Jabor)

Ele(a) diz que te ama... então tá! Ele(a) te ama! Assunto encerrado!!
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
E vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d`água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"

quarta-feira, julho 09, 2008

A porta do coração!


A Porta do coração

Um grande pintor havia pintado um quadro o qual havia demorado um ano para ficar pronto.

Dizia ele que era o mais lindo de todos.

No dia de apresentá-lo ao público, convidou todos para vê-lo.
No local compareceram as autoridades, jornalistas, e muita gente, pois o pintor tinha muita fama e era um grande artista.

Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro.

Houve um caloroso aplauso. Era uma impressionante figura de Jesus batendo a porta de uma casa.

O Cristo parecia vivo. Com sua mão de dedos longos, batia suavemente e com o ouvido junto a porta, parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.

Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte.

Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura! Como se fará para abrí-la?

O pintor respondeu: “Esta é a porta do coração humano. Ela só pode ser aberta pelo lado de dentro.

Ninguém entra em seu coração, sem você deixar.

Veja bem quem bate...

Para nele poder entrar..........

domingo, abril 27, 2008

João Saldanha


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João Saldanha foi, para mim, o maior nome do futebol brasileiro de todos os tempos e o continua sendo, 18 anos depois de sua morte. Curioso que o meu grande ídolo no esporte não tenha sido um jogador, mas um técnico.
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Mas João encarnava, dentro e fora dos estádios, o espírito brasileiro que mora nas profundezas de nossa identidade coletiva. Era um homem, não um mero profissional. E deixava transbordar sua personalidade nas entrevistas e no caráter dos próprios times que dirigia.
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Foi o mais polêmico e, ao mesmo tempo, o mais querido dos treinadores que comandaram a Seleção Brasileira. Sua biografia Uma Vida em Jogo (Cia Editora Nacional, 550 páginas, R$ 55), escrita por André Iki Siqueira, é uma das coisas mais divertidas e sérias que li nos últimos anos.
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Eu recomendo, sobretudo, para pessoas que não gostam de futebol. Leiam comentário do jornal Zero Hora sobre o livro [clicando aqui]. No amor de João Saldanha pelo Botafogo está o segredo da maior e mais irracional das paixões. Impossível não se apaixonar também pelo futebol, depois de mergulhar na vida deste que não foi apenas um treinador durão, mas também jornalista esportivo, correspondente de guerra na Europa, analista de escola de samba e comunista notório - cortado, pelo governo militar, do comando da Seleção Canarinho pouco antes do embarque para a Copa do México, em 70.
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Algumas passagens de Saldanha, retiradas de algumas de suas deliciosas entrevistas:
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"Eu partia do princípio que o futebol brasileiro não tem interesse em agredir ninguém. Nós somos capazes de fazer uma partida de futebol sem um pontapé, sem uma deslealdade. Mas, em 1970, o futebol europeu estava numa fase de grande violência, particularmente nos casos de Alemanha, Escócia e Itália. E eu disse isso a eles. Eu os adverti que a Copa não terminaria se nosso time fosse agredido. Nós não daríamos a primeira, mas amassaríamos a Taça se eles começassem a bater"
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"Não há mal nenhum que o futebol faça parte da política. A política é a vida. O jogador de futebol, o dirigente de futebol, tem todo o direito de entrar na vida política e partidária. Porque política todo mundo faz"
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"Certo dia, eu entrando no Maracanã, um colega de profissão me perguntou se eu estava indo ver o jogo. Respondi: ' Não, vim visitar o Museu do Índio'. Outro, quando eu estava dentro do campo, perguntou: ' Gostou da grama?'. E eu: ' Espera aí, meu chapa, ainda não provei'"
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"Critiquei o Telê por achar sua declaração infeliz. Dizer que o povo brasileiro deixa de comer para ir ao futebol nãoé verdade. Achei aquilo injusto e me parecia, em última análise, que se colocava o povo como alienado dos problemas nacionais, políticos e econômicos"
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Saldanha morreu na Itália, com a máquina de escrever no colo, quando cobria a Copa do Mundo de 1990.

Por Bruno Ribeiro do blog "Pátria Futebol Clube"

terça-feira, abril 01, 2008

Israel desafia EUA e construirá 1.400 casas em áreas árabes

Um dia depois de o governo israelense prometer à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que continuará tomando medidas necessárias para fazer avançar o processo de paz, a Prefeitura de Jerusalém anunciou a construção de 1.400 casas em terras que os palestinos consideram parte de seu futuro Estado.
Das novas habitações, 600 serão erguidas no bairro de Pisgat Zeev, no setor oriental (árabe) de Jerusalém. Outras 800 residências devem ser construídas numa colônia na Cisjordânia.
As negociações em andamento, sob mediação da Casa Branca, determinam que Israel deve congelar a construção de moradias em todas as áreas ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O anúncio foi criticado por Rice, que está na região pela segunda vez em um mês. "Continuamos expressando a posição dos EUA de que as atividades de assentamento devem acabar, que sua expansão deve parar."
O premiê israelense, Ehud Olmert, autorizou a construção das casas para satisfazer o ultra-ortodoxo partido Shas, que vinha ameaçando abandonar a coalizão de governo. Sem o Shas, Olmert ficaria em minoria parlamentar. O anúncio surge um dia depois de Israel anunciar, no que foi considerado um gesto de boa vontade, o desmantelamento de 50 postos de controle na Cisjordânia.

Nesses vc pode confiar! Eles têm palavra!