Um dia depois de o governo israelense prometer à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que continuará tomando medidas necessárias para fazer avançar o processo de paz, a Prefeitura de Jerusalém anunciou a construção de 1.400 casas em terras que os palestinos consideram parte de seu futuro Estado.
Das novas habitações, 600 serão erguidas no bairro de Pisgat Zeev, no setor oriental (árabe) de Jerusalém. Outras 800 residências devem ser construídas numa colônia na Cisjordânia.
As negociações em andamento, sob mediação da Casa Branca, determinam que Israel deve congelar a construção de moradias em todas as áreas ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O anúncio foi criticado por Rice, que está na região pela segunda vez em um mês. "Continuamos expressando a posição dos EUA de que as atividades de assentamento devem acabar, que sua expansão deve parar."
O premiê israelense, Ehud Olmert, autorizou a construção das casas para satisfazer o ultra-ortodoxo partido Shas, que vinha ameaçando abandonar a coalizão de governo. Sem o Shas, Olmert ficaria em minoria parlamentar. O anúncio surge um dia depois de Israel anunciar, no que foi considerado um gesto de boa vontade, o desmantelamento de 50 postos de controle na Cisjordânia.
Nesses vc pode confiar! Eles têm palavra!