terça-feira, março 14, 2006

Jazz de primeira


Festival de "world jazz" chega em 2007 .

O produtor Toy Lima, idealizador dos antigos festivais Chivas Jazz e Heineken Concerts, anuncia para março de 2007 um evento centrado nas novas tendências do jazz global. "Será um festival de "world jazz", que vai atualizar o Brasil em relação a esse conceito. Vamos apresentar músicas do mundo que tenham ligação com o jazz em seus vários segmentos."Segundo o produtor, o novo festival (cujo nome e patrocinador ele prefere não divulgar ainda) acontecerá em quatro noites com programação simultânea, em São Paulo e Rio. Entre as atrações, Lima destaca o grupo africano Kora Jazz Trio, o trompetista polonês Tomasz Stanko, o pianista iugoslavo Bojan Zulfikarpasic e o saxofonista francês David El-Malek."O "world jazz" nada mais é que o jazz aplicado ao som de cada canto da Terra, não somente o jazz calcado no blues", define o produtor, que já tinha trazido ao Brasil, durante as cinco edições do Chivas Jazz Festival, alguns músicos típicos do jazz globalizado, como o pianista sul-africano Abdullah Ibrahim e o trompetista italiano Paolo Fresu.Não é difícil localizar o espírito do "world jazz" na música dos artistas escolhidos por Lima para seu próximo festival. Formado por dois senegaleses e um guineano, o Kora Jazz Trio combina piano e percussão com a kora, tradicional instrumento africano de cordas. Tomasz Stanko, veterano expoente do jazz polonês, injeta elementos do jazz de vanguarda no lirismo melódico eslavo.Radicado em Paris, o iugoslavo Bojan Zulfikarpasic (também conhecido como Bojan Z) mistura o jazz com temas folclóricos da Bósnia e da Sérvia. De origem judaica, o francês David El-Malek passou a infância em Israel, cujo folclore ele aprendeu a combinar com influências de mestres do jazz norte-americano, como John Coltrane e Wayne Shorter.Toy Lima concorda com a tese, levantada por Stuart Nicholson, de que as inovações no jazz já não passam mais, necessariamente, pelo que se faz no território norte-americano. "Ao percorrer os clubes de jazz de Roma e Paris, ou os festivais europeus de verão, você ouve a música mais criativa e original que se faz hoje no mundo. E a África tem entrado com força nessa cena", afirma. (CC)

Isso é bom demais!!