quinta-feira, junho 29, 2006

A história dos "Juba"


Os franco atiradores da resistência

Não demorou muito para que a resistência à ocupação americana no Iraque passasse a usar também os seus francos atiradores. Muito provavelmente, esses soldados integravam as forças regulares do exército iraquiano, que foi dissolvido com a invasão americana em 2003 (dizem os analistas que esse teria sido um dos grandes e vários erros cometidos pelo exército americano). Com o surgimento de franco atiradores, logo eles ganharam um nome por parte tanto da imprensa iraquiana, como pelos próprios soldados americanos: Juba. É certo que não existe apenas um Juba em Bagdá, mas vários deles. No entanto, a forma de agir e de atuar é perfeita e unificada: ele dá apenas um único e certeiro tiro mortal. Perfura os capacetes de kevlar dos soldados estadunidenses ou atravessa parte de seu colete à prova de bala. Não mais que de repente, cai um corpo pesado em meio às tropas americanas. Ou já cai morto ou cai mortalmente ferido. Isso impacta imediatamente a moral das tropas. Mas, o Juba iraquiano não age sozinho. Ele age com a propaganda iraquiana junto com ele. Ao seu lado, perfila-se outro membro da resistência, não menos importante do que o próprio atirador: o cinegrafista. Este filma toda a operação, desde a declaração inicial do próprio Juba em árabe, mostrando o seu pente de balas – geralmente com nove tiros – e os corpos caindo um a um claro que, para quem assiste os vídeos, não há diferença de tempo nas filmagens, mas as mortes ocorrem com tempo grande entre uma e outra. A propaganda é o ponto alto dessas filmagens. Os vídeos são os produtos mais disputados nos mercados de Bagdá e mesmo na Internet, eles são proucuradíssimos. Existem acordos da mídia americana e sites de pesquisa e busca, para retirar do ar esses pequenos filmetes, para não ficar a propaganda a favor da resistência iraquiana. A mídia grande dos EUA bloqueou, por ordem do alto comando, toda e qualquer informação sobre esses ataque dos franco atiradores árabes da resistência. A única e honrosa exceção foi o jornal inglês The Independent.

Como age Juba?
Juba, como todos os franco tiradores da história, agem sozinhos. São combatentes solitários, introvertidos, frios e calculistas, precisos na sua maneira de agir. Nunca, em hipótese alguma, disparam o segundo tiro, para que não ocorram uma reação das tropas inimigas. Nunca se sabe para onde vão em seguida e como atiram de grande distância, têm sempre um tempo valioso na frente dos inimigos, e têm suas rotas de fuga e escape, que lhes assegura sucesso nas operações. No caso iraquiano, ele age com o seu inseparável cinegrafista, elemento fundamental para a propaganda a favor dos árabes e da resistência, portanto nada é espontâneo e natural, mas tudo é planejado e calculado para dar certo. Um dos vídeos mais famosos e disputados nos mercados e nos sites da Internet, é um que Juba inicia as filmagens dando a seguinte declaração: “Eu tenho nesta minha arma nove balas e darei um presente para George Bush. Vou matar nove de seus soldados invasores. Vou fazer isso para que os espectadores possam observar. Deus é supremo. Deus é supremo (Alláh ú Akbhar! Alláh ú Akhbar)”. Promessa feita e promessa efetivamente cumprida: após essa cena inicial, claro que gravado com o guerrilheiro coberto no rosto pelo manto árabe dos fedayins, seguem-se nove imagens de americanos caindo um a um, filmadas, geralmente com um fundo musical com músicas patrióticas e revolucionárias, para animar a resistência. O moral das tropas que atuam em Bagdá esta cada vez mais baixo, exatamente por causa disso. Coronéis e comandantes de várias patentes do exército de ocupação temem a Juba e declaram que ele é de uma estirpe praticamente em extinção, pois quase nunca erra o tiro. Dizem, os militares americanos, que ele, Juba (ou os vários Jubas em ação), vêm atirando a distâncias cada vez menores. Alguns arriscam que ele já atingira a menos de 200 metros dos soldados americanos. Em todos os locais onde ele mata de forma certeira, ele deixa uma mensagem escrita em árabe, com a bala que tirou a vida do soldado, com o seguinte dizer: “o que foi tomado pelo sangue, só pode ser reconquistado pelo sangue”. Não sei em dados oficiais, mas as informações que pudemos obter na Internet, dão conta que Juba já liquidou exatamente 156 soldados americanos – portanto mais do que seu colega russo da década de 1940 e teria ferido outros 54, totalizando 210 soldados abatidos de uma forma ou de outra, pelos tiros certeiros de Juba, o franco atirador de Bagdá. Desnorteado, o alto comando conjunto do exército americano já enviou diversos comandos de franco atiradores. O mais recente, composto de quatro membros, que se dirigiram para Bagdá para “caçar” Juba, tiveram derrotada a sua missão de forma drástica e horrível: todos foram mortos implacavelmente pelo herói da resistência árabe. Todos mortos com certeiros tiros na cabeça. Não gostávamos de ver jovens americanos morrendo dessa forma nos campos de combate, mas é o preço que se vai continuar pagando pela decisão do governo americano de manter as tropas de ocupação no Iraque por prazos indeterminados. Eles seguirão recebendo dos iraquianos a mais firme resistência que um povo pode dar na defesa de seu território pátrio, a despeito dos governistas e colaboracionistas que estão de plantão no governo iraquiano de turno.

Vida longa aos Juba´s !!!

terça-feira, junho 13, 2006

Substituição

Al Qaida já tem novo chefão no Iraque

O braço armado da rede Al Qaida no Iraque anunciou ontem, através da internet, que já escolheu um substituto para o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, morto há uma semana em um bombardeio americano. Trata-se de Abu Hamza al-Mohayer."O Conselho da Shura (conselho consultivo) da Al Qaida no Iraque decidiu por unanimidade que o xeque Abu Hamza al-Mohayer seja o sucessor do xeque Abu Musab al-Zarqawi", diz o comunicado.Mohayer, cuja nacionalidade não foi revelada, é descrito como um "irmão respeitável", com "um passado de jihad (guerra santa) e grandes conhecimentos".O anúncio do novo chefe terrorista no Iraque ocorre no mesmo dia em que a autópsia de Al Zarqawi determinou que ele morreu devido a uma hemorragia pulmonar causada pela explosão de duas bombas.

sexta-feira, junho 09, 2006

Fiori Gigliotti descanse em paz....



Locutor Fiori Gigliotti, 77, morre em São Paulo

Narrador cobriu dez Copas com seu estilo único

Um dos narradores esportivos mais populares do país, Fiori Gigliotti morreu na madrugada de ontem, no Hospital Alvorada, em Moema (zona sul de São Paulo) onde estava internado há mais de uma semana. Tinha 77 anos. Fiori teve falência múltipla de órgãos à 0h40 de ontem, segundo divulgado pelo boletim médico. O locutor e comentarista enfrentava complicações decorrentes de cirurgias feitas na semana passada, devido a problemas no intestino e complicações na próstata.Velado no Cemitério do Morumbi, o corpo do radialista foi enterrado na tarde de ontem. Uma das vozes mais conhecidas do rádio brasileiro, Fiori era famoso pelo estilo dramático com que narrava as partidas, com bordões criativos e pela paixão com que via o futebol. Sua popularidade lhe rendeu mais de 160 títulos de cidadania honorária pelo país.Natural do município paulista de Barra Bonita, Fiori nasceu em 27 de setembro de 1928, era torcedor do Palmeiras e fã ardoroso do santista Pelé. Estreou no rádio em 1947 pela Rádio Clube de Lins (SP), com "Alô Gurizada", um programa de variedades. Só em 1952, quando foi trabalhar na Rádio Bandeirantes, passou a integrar equipes de transmissões esportivas, imprimindo seu estilo poético à narração. Ao todo, cobriu dez Copas do Mundo em sua carreira, com passagens pelas rádios Pan-Americana (atual Jovem Pan), Tupi e Record. Mais recentemente, admitiu sentir o peso da idade para narrar jogos pelo rádio. Seu último trabalho era o de comentarista da rádio Capital, de São Paulo.Em novembro do ano passado, Fiori recebeu uma das suas últimas homenagens em vida, na sede da Federação Paulista de Futebol. Na ocasião, o radialista ganhou uma placa no Pátio das Bandeiras que foi rebatizado com seu nome e a medalha da Ordem Nacional do Mérito Futebolístico, por seus serviços prestados ao esporte. Com a notícia da sua morte, a Federação Paulista lhe rendeu uma última homenagem em seu site oficial. Assim como o Corinthians, Palmeiras e o Santos. Fiori era casado com Adelaide e deixa dois filhos, Marcelo e Marcos, além de duas netas.

Este senhor me fez amar mais ainda o futebol. Esteja em paz Fiori!!

quinta-feira, junho 08, 2006

Morre o Nº 2 da Al Qaeda

Morre líder da Al Qaeda que valia US$ 25 milhões

O jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, morto hoje num ataque aéreo no Iraque, era o terrorista mais procurado do mundo depois do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, e seu braço direito, o egípcio Ayman al-Zawahiri.
Zarqawi nasceu em outubro de 1966 na cidade de Zarqa, 30 quilômetros a leste de Amã. Seu verdadeiro nome era Ahmed Fadel al Jalaylah. Era o líder do braço da Al Qaeda no Iraque e considerado pelo próprio Bin Laden como seu "emir" no país.
Foi condenado à morte quatro vezes em seu país natal. Os Estados Unidos tinham oferecido US$ 25 milhões pela sua captura, mesma recompensa oferecida por Bin Laden.
O próprio Bin Laden confirmou Zarqawi como chefe da Al Qaeda no Iraque, numa gravação transmitida pela rede Al Jazira, em dezembro de 2004.
Os EUA atribuem ao grupo de Zarqawi, a Organização da Al Qaeda na Mesopotâmia, a maioria dos atentados contra suas tropas no Iraque.
Zarqawi lutou no Afeganistão no fim da invasão soviética, em 1989. Quatro anos depois, retornou a Zarqa, onde fundou uma célula que pretendia derrubar o Governo jordaniano. Foi detido em 1993 e passou sete anos preso.
Em 1999, foi um dos 500 presos indultados por ocasião da subida ao trono do rei Abdullah II. Fugiu para o Afeganistão, onde contou com o apoio do regime talibã. Era considerado um especialista em substâncias tóxicas.
Ferido numa perna na guerra do Afeganistão, no fim de 2001 chegou ao Irã e depois ao Iraque. Durante muito tempo acreditava-se que ele tinha amputado uma perna, substituída por uma prótese. Mas nas últimas imagens ele caminhava normalmente.
Mais tarde, Zarqawi esteve na Síria e no Líbano, onde se reuniu supostamente em agosto de 2002 com membros dos grupos Asbat al-Ansar e Hisbolá, aos quais também estaria ligado o Al Tawhid, que planejou atentados na Alemanha.
Desde 2002 a Promotoria alemã investiga Zarqawi, a quem atribui a responsabilidade operacional do Al Tawhid.
Após a Guerra do Iraque, ele se transformou no cérebro dos atentados mais sangrentos da resistência. O mais mortal aconteceu em fevereiro de 2005, na cidade de Hilla, com um saldo de 106 mortos.
Em junho de 2004, os EUA aumentaram de US$ 10 para US$ 25 milhões a recompensa por sua captura.
Em 24 de outubro 2004, mudou o nome de seu grupo, que passou de Tawhid wal Jihad ("Monoteísmo e Guerra Santa") para Tanzim al Qaeda wal Jihad fi Balad al-Rafidain (Organização da Al Qaeda e Guerra Santa na Mesopotâmia).
Dois meses depois, em 27 de dezembro, o próprio Bin Laden afirmou em uma gravação sonora que ele era o "emir" da rede terrorista no Iraque, a quem "os irmãos" deviam obedecer.
Foi julgado e condenado à revelia em várias ocasiões na Jordânia, uma delas pelo atentado de novembro passado em três hotéis de Amã, que matou mais de 60 pessoas.
A última condenação à morte data de fevereiro, quando foi considerado culpado de planejar um ataque com armas químicas, previsto para abril de 2004, contra alvos americanos e jordanianos.

Que Alá o tenha num bom lugar!!

quinta-feira, junho 01, 2006

Eles continuam o massacre

Menina iraquiana descreve massacre de família pelos EUA

Uma menina iraquiana de 10 anos descreveu, em uma entrevista ao jornal "The Times" publicada hoje, como tropas americanas mataram sua família em um massacre que é investigado pelos EUA e no qual morreram 24 civis no povoado de Haditha, 200 quilômetros ao noroeste de Bagdá.
Nas declarações, Imame Hassan conta como soldados dos EUA invadiram sua casa e dispararam contra vários membros de sua família enquanto ela e seu irmão Abdul Rahman permaneciam imóveis em um canto da sala.
A Administração americana investiga atualmente a morte de mais de 20 civis iraquianos em 19 de novembro de 2005 em Haditha. A operação aconteceu depois que um soldado dos EUA, Miguel Terrazas, de 20 anos, morreu em um atentado numa estrada.
Inicialmente, o Corpo de Fuzileiros Navais informou que as mortes haviam sido causadas por uma bomba detonada perto de uma patrulha, que gerou um tiroteio com insurgentes.
No entanto, as imagens gravadas enviadas há alguns meses por um jovem jornalista iraquiano à revista americana "Times" revelaram uma versão diferente dos fatos. A fita mostra a casa da família Hassan cheia de corpos com ferimentos à queima-roupa e as paredes ensangüentadas.
Em entrevista ao jornal britânico, Imame Hassan conta como os soldados entraram em sua casa por volta das 7h, 15 minutos depois de explodir a bomba que matou Terrazas.
A menina estava de pijama, preparando-se para ir para o colégio.
Seu pai rezava e seus avós estavam na cama quando os militares entraram na casa aparentemente em busca de rebeldes.
A menina conta que apanharam seu pai e depois lançaram uma granada dentro do quarto de seus avós. Ela viu sua mãe ser atingida por tiros de metralhadora e sua tia fugir da casa com um bebê.
Os soldados abriram fogo na sala, onde se reuniu a maior parte da família. Seu tio Rashid conseguiu escapar, mas os soldados o seguiram e o mataram a tiros, relata Imame.
"Todos os que estavam na casa foram assassinados pelos americanos, exceto meu irmão Abdul Rahman e eu. Estávamos muito assustados para nos mexermos e tentamos nos esconder atrás de uma almofada", explica a menina.
"A metralhadora me machucou na perna. Por duas horas, não nos atrevemos a nos mexer. Minha família não morreu imediatamente, os ouvimos agonizar", prossegue a criança.
De acordo com Imame, morreram seu avô Abdul Hamid Hassan, sua avó Khamisa, seu pai Walid, sua mãe, seu tio Mujahid, seu tio Rashid e seu primo Abdullah, de 4 anos.
O jornal "The Times" destaca que as investigações preliminares apontaram que, entre os civis iraquianos mortos em Haditha, estavam cinco homens que viajavam em um táxi e pelo menos sete mulheres e três crianças.
O jornal explica que uma unidade militar dos EUA participou do enterro dos membros da família de Imame Hassan como gesto de desculpa.
Muhammed Abed, primo da menina, declarou ao jornal que, há dois meses, um grupo de americanos retornou à área para perguntar sobre o fato, tirar fotografias e pagar US$ 2.500 como indenização por cada vítima.

Cada dia mais asquerosa essa situação!!