quinta-feira, junho 08, 2006

Morre o Nº 2 da Al Qaeda

Morre líder da Al Qaeda que valia US$ 25 milhões

O jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, morto hoje num ataque aéreo no Iraque, era o terrorista mais procurado do mundo depois do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, e seu braço direito, o egípcio Ayman al-Zawahiri.
Zarqawi nasceu em outubro de 1966 na cidade de Zarqa, 30 quilômetros a leste de Amã. Seu verdadeiro nome era Ahmed Fadel al Jalaylah. Era o líder do braço da Al Qaeda no Iraque e considerado pelo próprio Bin Laden como seu "emir" no país.
Foi condenado à morte quatro vezes em seu país natal. Os Estados Unidos tinham oferecido US$ 25 milhões pela sua captura, mesma recompensa oferecida por Bin Laden.
O próprio Bin Laden confirmou Zarqawi como chefe da Al Qaeda no Iraque, numa gravação transmitida pela rede Al Jazira, em dezembro de 2004.
Os EUA atribuem ao grupo de Zarqawi, a Organização da Al Qaeda na Mesopotâmia, a maioria dos atentados contra suas tropas no Iraque.
Zarqawi lutou no Afeganistão no fim da invasão soviética, em 1989. Quatro anos depois, retornou a Zarqa, onde fundou uma célula que pretendia derrubar o Governo jordaniano. Foi detido em 1993 e passou sete anos preso.
Em 1999, foi um dos 500 presos indultados por ocasião da subida ao trono do rei Abdullah II. Fugiu para o Afeganistão, onde contou com o apoio do regime talibã. Era considerado um especialista em substâncias tóxicas.
Ferido numa perna na guerra do Afeganistão, no fim de 2001 chegou ao Irã e depois ao Iraque. Durante muito tempo acreditava-se que ele tinha amputado uma perna, substituída por uma prótese. Mas nas últimas imagens ele caminhava normalmente.
Mais tarde, Zarqawi esteve na Síria e no Líbano, onde se reuniu supostamente em agosto de 2002 com membros dos grupos Asbat al-Ansar e Hisbolá, aos quais também estaria ligado o Al Tawhid, que planejou atentados na Alemanha.
Desde 2002 a Promotoria alemã investiga Zarqawi, a quem atribui a responsabilidade operacional do Al Tawhid.
Após a Guerra do Iraque, ele se transformou no cérebro dos atentados mais sangrentos da resistência. O mais mortal aconteceu em fevereiro de 2005, na cidade de Hilla, com um saldo de 106 mortos.
Em junho de 2004, os EUA aumentaram de US$ 10 para US$ 25 milhões a recompensa por sua captura.
Em 24 de outubro 2004, mudou o nome de seu grupo, que passou de Tawhid wal Jihad ("Monoteísmo e Guerra Santa") para Tanzim al Qaeda wal Jihad fi Balad al-Rafidain (Organização da Al Qaeda e Guerra Santa na Mesopotâmia).
Dois meses depois, em 27 de dezembro, o próprio Bin Laden afirmou em uma gravação sonora que ele era o "emir" da rede terrorista no Iraque, a quem "os irmãos" deviam obedecer.
Foi julgado e condenado à revelia em várias ocasiões na Jordânia, uma delas pelo atentado de novembro passado em três hotéis de Amã, que matou mais de 60 pessoas.
A última condenação à morte data de fevereiro, quando foi considerado culpado de planejar um ataque com armas químicas, previsto para abril de 2004, contra alvos americanos e jordanianos.

Que Alá o tenha num bom lugar!!