WASHINGTON - O Pentágono admitiu nesta sexta-feira, 7, que o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein não teve relações com a rede terrorista Al-Qaeda. A acusação havia sido feita pelo vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, mas um documento divulgado pelo Pentágono nega as acusações.
Segundo o ex-presidente, a Al-Qaeda operava no Iraque antes da invasão americana em 2003 e o terrorista Abu Musab al-Zarqaui liderava a facção iraquiana da rede. Membros da Al-Qaeda planejaram os ataques terroristas de 11 de setembro aos Estados Unidos. "Ele (Saddam) estabeleceu ligação antes de chegarmos ao Iraque", disse o vice-presidente.
No entanto, após o Pentágono interrogar o líder antes de sua execução e analisar documentos confiscados pelas tropas americanas, foi confirmado que a Al-Qaeda e o governo de Saddam não trabalharam juntos antes da invasão.
Investigações realizadas em 2004 para apurar os atentados terroristas também não encontraram evidências de que a rede de Osama Bin Laden e o governo de Saddam colaboraram entre si neste período.
O senador democrata , Carl Levin, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, pediu ao Pentágono que divulgasse o relatório secreto preparado pelo general interino do Departamento de Defesa, Thomas F. Gimble.