quinta-feira, dezembro 04, 2008

Invasão: 32 anos

Completa 32 anos amanhã a histórica "invasão" corinthiana ao Rio de Janeiro, no jogo da semifinal do Brasileirão/76, entre o Timão e Flu. Segundo Celso Unzelte é, ainda, o jogo com maior público da história do Corinthians: 146.043 pagantes. É, também, uma das mais belas páginas de nosso esporte e da vida do Corinthians. O texto que segue é comentário de Nelson Rodrigues, no jornal O GLOBO, sobre o ocorrido. E uma peça histórica, magnífica, orgulho pra todos: corinthianos, tricolores e outros mais.

NELSON E A INVASÃO CORINTIANA


Nelson Rodrigues

1-Uma coisa é certa: - não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória. Ainda digo mais: - já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate. Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.

2-Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.

3-A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: - "O Rio é uma cidade ocupada". Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte.

4-Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time. Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel. Um amigo me perguntou: - "E se o Corinthians perder?" O Fluminense era mais time. Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corinthianos, quando faziam um prévio carnaval. Esse carnaval não parou. De manhã, acordei num clima paulista. Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam. Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca. Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.

5-Não cabe aqui falar em técnico. O que influi e decidiu o jogo foi a torcida. A torcida empurrou o time para o empate.

6-A torcida não parou de incitar. Vocês percebem? Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca. Os corinthianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou. Veio de São Paulo, a pé, um corinthiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians. O Fluminense jogou mal? Não, não jogou mal. Teve sorte? Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians. Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.

7-Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar. Ouvi ontem uma pergunta: "O que vai fazer agora o Fluminense?" Realmente, meu time não pode parar. O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca. Vejam vocês:

- empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato. Estivemos juntos um momento. Perguntei: - "E agora?" Disse - amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato. Como eu, ele não estava deprimido. O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota. Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.

No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.



NELSON RODRIGUES era tricolor e publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, no dia seguinte ao jogo Fluminense x Corinthians.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Saia logo do limbo, caríssimo inimigo.

Saia logo do limbo, caríssimo inimigo


Próximo da Avenida Pacaembu o carro se viu no meio da saída dos torcedores do Corinthians.

Os ocupantes do carro, entre os quais eu mesmo, começaram imediatamente a reclamar e amaldiçoar o timão por quase nos bloquear o caminho e transformar o trânsito daquela hora do sábado no inferno habitual dos dias de semana.

De repente alguém dentre nós fez uma pegunta pertinente, mas que ocasionou um longo e embaraçoso silêncio: “ mas afinal, com quem o Corinthians jogou?”

Ninguém soube responder naquele carro onde não havia um único corintiano.

Ficamos assistindo a saída daquela torcida com suas camisas, suas bandeiras tudo tão familiar, mas ninguém sabia contra quem tinham jogado.

Nada do adversário, nenhuma informação.

Era como se tivessem jogado contra ninguém, como se comemorassem a vitória sobre algo invisivel, talvez inexistente.

E de repente me ocorreu que essa era a tragédia da segunda divisão: o esquecimento.

Ninguém sabia contra quem o Corinthians tinha jogado porque o time não estava mais entre nós.

Não fazia mais parte das nossas preocupações. Estava num limbo, num vazio, sobre o qual havia as costumeiras noticias nos jornais, com placar, renda, goleadores,etc. Mas contra quem? Quem seriam os times misteriosos que mereciam a atenção daquela enorme massa torcedora?

Nunca tinha me acontecido coisa parecida desde a infância, isto é, excluir o time do Parque São Jorge do meu horizonte de preocupações.

Nunca tinha me acontecido de perdê-lo de vista e principalmente não me preocupar com ele.

Não saber que lugar ocupava na tabela, quando meu time teria de enfrentá-lo, quem estavam contratando, essas coisas que fizeram parte do futebol como eu o entendo por tantos anos.

Sequer me ocorria torcer contra ele, uma das atividades mais agradáveis a que se entregam os não corintianos através dos tempos.

O Corinthians definitivamente entrou em outra dimensão e se encontra num mundo a parte.

Sei que os corintianos não percebem isso, evidentemente.

Para eles o time está aí, presente, preparando-se para voltar à primeira divisão e eles encaram a segundona como uma competição qualquer.

Abrem os jornais e lá está Mano Meneses.

Ligam a televisão e lá estão as camisas alvinegras como sempre.

Eles não sentem falta do time.

Mas nós sim.

É a nós, os antitimão de todas as espécies, que o Corinthians faz falta.

Me entristeceu não saber quem era seu adversário ali no trânsito do Pacamebu depois da partida.

Me entristeceu ver o Corintthians tão distante.

Fui atingido subitamente por essa estranha verdade: esse time me faz muita falta.

Constato que pior do que perder para o Cointhians é não tê-lo como adversário.

É sua presença que garante a grandeza dos demais: só se é realmente grande depois de vencer o Corinthians em alguma decisão empolgante, num domingo de sol, com o estádio lotado.

Não ter essa possibilidade é uma perda irreparável.

Há pouco tempo conversando com meu amigo doutor Clovis Lombardi constatamos que os dois, anticorintianos fervorosos desde a pré-história, nos lembrávamos de todos os nomes de um longínquo, lendário ataque do destável clube: Claudio, Luisinho, Baltasar, Carbone e Mário.

Esse é o time que me atormenta desde a infância e a quem faço um apelo.

Saia logo dessa nebulosa em que se encontra, volte desse lugar misterioso.

Volte, por favor, odiado caríssimo inimigo.

Por Ugo Giorgetti

Eu te amo não diz tudo!

EU TE AMO NÃO DIZ TUDO
(Arnaldo Jabor)

Ele(a) diz que te ama... então tá! Ele(a) te ama! Assunto encerrado!!
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
E vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d`água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"

quarta-feira, julho 09, 2008

A porta do coração!


A Porta do coração

Um grande pintor havia pintado um quadro o qual havia demorado um ano para ficar pronto.

Dizia ele que era o mais lindo de todos.

No dia de apresentá-lo ao público, convidou todos para vê-lo.
No local compareceram as autoridades, jornalistas, e muita gente, pois o pintor tinha muita fama e era um grande artista.

Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro.

Houve um caloroso aplauso. Era uma impressionante figura de Jesus batendo a porta de uma casa.

O Cristo parecia vivo. Com sua mão de dedos longos, batia suavemente e com o ouvido junto a porta, parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.

Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte.

Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura! Como se fará para abrí-la?

O pintor respondeu: “Esta é a porta do coração humano. Ela só pode ser aberta pelo lado de dentro.

Ninguém entra em seu coração, sem você deixar.

Veja bem quem bate...

Para nele poder entrar..........

domingo, abril 27, 2008

João Saldanha


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João Saldanha foi, para mim, o maior nome do futebol brasileiro de todos os tempos e o continua sendo, 18 anos depois de sua morte. Curioso que o meu grande ídolo no esporte não tenha sido um jogador, mas um técnico.
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Mas João encarnava, dentro e fora dos estádios, o espírito brasileiro que mora nas profundezas de nossa identidade coletiva. Era um homem, não um mero profissional. E deixava transbordar sua personalidade nas entrevistas e no caráter dos próprios times que dirigia.
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Foi o mais polêmico e, ao mesmo tempo, o mais querido dos treinadores que comandaram a Seleção Brasileira. Sua biografia Uma Vida em Jogo (Cia Editora Nacional, 550 páginas, R$ 55), escrita por André Iki Siqueira, é uma das coisas mais divertidas e sérias que li nos últimos anos.
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Eu recomendo, sobretudo, para pessoas que não gostam de futebol. Leiam comentário do jornal Zero Hora sobre o livro [clicando aqui]. No amor de João Saldanha pelo Botafogo está o segredo da maior e mais irracional das paixões. Impossível não se apaixonar também pelo futebol, depois de mergulhar na vida deste que não foi apenas um treinador durão, mas também jornalista esportivo, correspondente de guerra na Europa, analista de escola de samba e comunista notório - cortado, pelo governo militar, do comando da Seleção Canarinho pouco antes do embarque para a Copa do México, em 70.
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Algumas passagens de Saldanha, retiradas de algumas de suas deliciosas entrevistas:
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"Eu partia do princípio que o futebol brasileiro não tem interesse em agredir ninguém. Nós somos capazes de fazer uma partida de futebol sem um pontapé, sem uma deslealdade. Mas, em 1970, o futebol europeu estava numa fase de grande violência, particularmente nos casos de Alemanha, Escócia e Itália. E eu disse isso a eles. Eu os adverti que a Copa não terminaria se nosso time fosse agredido. Nós não daríamos a primeira, mas amassaríamos a Taça se eles começassem a bater"
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"Não há mal nenhum que o futebol faça parte da política. A política é a vida. O jogador de futebol, o dirigente de futebol, tem todo o direito de entrar na vida política e partidária. Porque política todo mundo faz"
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"Certo dia, eu entrando no Maracanã, um colega de profissão me perguntou se eu estava indo ver o jogo. Respondi: ' Não, vim visitar o Museu do Índio'. Outro, quando eu estava dentro do campo, perguntou: ' Gostou da grama?'. E eu: ' Espera aí, meu chapa, ainda não provei'"
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"Critiquei o Telê por achar sua declaração infeliz. Dizer que o povo brasileiro deixa de comer para ir ao futebol nãoé verdade. Achei aquilo injusto e me parecia, em última análise, que se colocava o povo como alienado dos problemas nacionais, políticos e econômicos"
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Saldanha morreu na Itália, com a máquina de escrever no colo, quando cobria a Copa do Mundo de 1990.

Por Bruno Ribeiro do blog "Pátria Futebol Clube"

terça-feira, abril 01, 2008

Israel desafia EUA e construirá 1.400 casas em áreas árabes

Um dia depois de o governo israelense prometer à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que continuará tomando medidas necessárias para fazer avançar o processo de paz, a Prefeitura de Jerusalém anunciou a construção de 1.400 casas em terras que os palestinos consideram parte de seu futuro Estado.
Das novas habitações, 600 serão erguidas no bairro de Pisgat Zeev, no setor oriental (árabe) de Jerusalém. Outras 800 residências devem ser construídas numa colônia na Cisjordânia.
As negociações em andamento, sob mediação da Casa Branca, determinam que Israel deve congelar a construção de moradias em todas as áreas ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O anúncio foi criticado por Rice, que está na região pela segunda vez em um mês. "Continuamos expressando a posição dos EUA de que as atividades de assentamento devem acabar, que sua expansão deve parar."
O premiê israelense, Ehud Olmert, autorizou a construção das casas para satisfazer o ultra-ortodoxo partido Shas, que vinha ameaçando abandonar a coalizão de governo. Sem o Shas, Olmert ficaria em minoria parlamentar. O anúncio surge um dia depois de Israel anunciar, no que foi considerado um gesto de boa vontade, o desmantelamento de 50 postos de controle na Cisjordânia.

Nesses vc pode confiar! Eles têm palavra!

quarta-feira, março 19, 2008

Normandia corinthiana

"Trinta anos não são trinta dias" costumava dizer a vizinha gorda e patusca de Nelson Rodrigues, apaixonada pelas obviedades da vida. De fato, trinta anos é muito tempo. Poucos eventos são perfeitamente recordados trinta anos depois, ainda mais quando esses eventos são corriqueiros como um jogo de futebol. Mas aquele jogo não foi um jogo qualquer. O jogo em si, aliás, nem foi assim tão extraordinário. O extraordinário mesmo, naquele longínquo 5 de dezembro de 1976, foi o estarrecimento. O estarrecimento que eu, aos 11 anos de idade, senti ao entrar no estádio e ter a sensação de que errara de cidade, talvez de planeta. O estarrecimento de ir ao Maracanã torcer pelo Fluminense e me deparar com nada menos do que 75 mil furiosos torcedores corintianos, gritando a plenos pulmões o nome do clube tão amado.

É claro que me refiro ao Fluminense x Corinthians das semifinais do Campeonato Brasileiro de 1976, confronto que entrou para a história como o da "Invasão Corintiana". Naquela tarde decisiva, como de costume, fui ao estádio com meu pai, minha mãe, meu irmão e minha avó, a famosa Dona Eulália, não tão gorda, mas certamente mais patusca do que a vizinha do Nelson Rodrigues. A velhinha torcia pelo América, enquanto a minha mãe é botafoguense. Só que, quando o time dos varões da casa entrava em campo, elas solidariamente viravam suas casacas para torcer pela Máquina do presidente Horta. Íamos de camarote, não por pose, mas porque aquelas apertadas caixinhas de cimento, no pior lugar do estádio, atrás da última fila de cadeiras azuis, acomodavam exatamente as cinco pessoas da minha família.

Pois foi assim, em família, que eu acompanhei a queima de fogos da fiel torcida quando seu time - infinitamente mais modesto que a nossa Máquina - entrou em campo. O foguetório durou um minuto e quarenta e três segundos. Para mim, foi como se o trecho final da Abertura 1812, de Tchaikovsky, martelasse na minha cabeça até a consumação dos tempos. Para quem nasceu no subúrbio e jamais havia visto a queima de fogos do Réveillon de Copacabana, aquilo era o Dia D, a invasão da Normandia. A invasão já estava consolidada desde a véspera, quando nossas praias foram tomadas por centenas de ônibus. Faltava a artilharia, que veio na forma e, sobretudo, no estampido dos rojões. Naquele instante, tive a certeza de que o meu time, mesmo com Rivelino, Doval, Carlos Alberto Torres, Edinho, Dirceu, Pintinho e Rodrigues Neto, teria que suar a camisa para vencer o Corinthians.

O jogo acabou empatado, com um gol de Pintinho para o Flu e um de Ruço, numa tão bela quanto improvável meia-bicicleta, para o Timão. Nos pênaltis, Carlos Alberto Torres e Rodrigues Neto perderam os seus, enquanto todos os batedores visitantes converteram: Neca, Ruço, Moisés e Zé Maria. Hoje, aquele time alvinegro, que tinha ainda o goleiro Tobias, Givanildo, Wladimir, Vaguinho, Romeu, Geraldo e Zé Eduardo, poderia ganhar de qualquer um. Mas naquela época o Fluminense tinha o melhor elenco do mundo, uma autêntica seleção - o que só serviu para tornar ainda mais épica a conquista dos "visitantes" (assim mesmo, entre aspas), que levavam 22 anos sem conquistar um título de expressão.

A movimentação de massas produzida pelo Corinthians me obrigou a rever uma frase de Nelson Rodrigues, que, como eu, testemunhou a invasão. Não é o Flamengo que é uma força da natureza, capaz de chover, trovejar e relampejar. Não, Nelson, naquela estarrecedora tarde de trinta anos atrás, a verdadeira força da natureza foi o Sport Club Corinthians Paulista.

Texto de Marcos Caetano, do site NoMínimo.

sábado, março 01, 2008

Operação de Israel mata 45 em Gaza e deixa centenas de feridos

Palestinos afirmam que negociações de paz com Israel estão "enterradas"
da France Presse, em Ramallah
da Efe, em Gaza

Saeb Erekat, um dos principais negociadores palestinos no processo de paz com Israel, afirmou neste sábado que as negociações com Tel Aviv "estão enterradas sob os escombros das casas destruídas em Gaza", em referência à mais recente operação militar israelense, que já deixou ao menos 71 mortos --45 deles apenas neste sábado-- e 260 feridos desde quarta-feira (27).

A operação de Israel no norte da faixa de Gaza é uma retaliação aos disparos de foguetes pelo grupo extremista palestino Hamas.

Entre os mortos palestinos, ao menos 13 são civis, sendo quatro crianças e sete mulheres. Jacqueline Abu Chbak, de 12 anos, e seu irmão, Iyad, 11 anos, morreram enquanto dormiam, vítimas da queda de um foguete na casa deles, de acordo com moradores. Uma mulher foi atingida no peito enquanto preparava o café-da-manhã para seus filhos.

Este sábado foi um dos dias mais violentos desde que o Hamas tomou o controle, em junho de 2007, da faixa de Gaza. As últimas mortes elevam para 6.245 o número de mortos nos confrontos entre Israel e Palestina desde 2000, a maioria deles palestinos, de acordo com um relatório elaborado pela France Presse.

O vice-Ministro da Defesa de Israel, Matan Vilnai, negou que o objetivo da operação seja uma reocupação parcial da faixa de Gaza, abandonada em 2005. "Usaremos principalmente a aviação, embora possamos recorrer às forças terrestres."

domingo, fevereiro 17, 2008

Corinthians celebra 5.000º jogo na história


O Corinthians completa hoje, segundo as contas do clube, 5.000 jogos desde o dia de sua fundação, em 1º de setembro de 1910.
Em 4.999 partidas, venceu 2.610, empatou 1.221 e perdeu 1.153. Existem ainda 15 jogos da época amadora em que os resultados são desconhecidos, apesar da confirmação de que as partidas ocorreram.

Corinthians eu te amo!!

terça-feira, janeiro 22, 2008

Ministros israelenses pedem o assassinato do líder do Hezbollah

JERUSALÉM - Vários ministros do Governo israelense pediram neste domingo, 20, o assassinato do secretário-geral do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, um dia depois de ele ter anunciado que o grupo possui restos mortais de soldados israelenses em seu poder.

"Hassan Nasrallah deveria ser assassinado o quanto antes", afirmou neste domingo o ministro de Assuntos Religiosos, Yitzhak Cohen, do partido religioso sefardita Shas, em resposta ao anúncio de que o Hezbollah tem "cabeças e partes do corpo" de soldados israelenses.

Cohen, que chamou o líder do Hezbollah de "homem cruel e louco", declarou que suas afirmações "lembram as declarações feitas por Hitler e pessoas afins".

"Não entendo porque ele continua vivo, deveríamos tê-lo liquidado há muito tempo. Recomendarei ao gabinete que assassinemos esse homem", acrescentou o ministro.

Por sua vez, o ministro do Interior, Meir Sheetrit, do partido governista Kadima, afirmou que "Nasrallah é uma pessoa que cruzou todas as linhas desumanas": "Não devemos negociar com ele, mas, sim, destruí-lo".

Já o ministro da Habitação e Construção, Ze'ev Boim, chamou o líder do Hezbollah de "rato de esgoto" e deixou bem claro: "Devemos nos assegurar de que (Nasrallah) não veja a luz do dia".

Fontes governamentais e militares entrevistadas pela imprensa local disseram que Israel não tem intenções de negociar com a milícia libanesa para obter os restos mortais de seus soldados.

Por outro lado, o Governo israelense diz que centrará seus esforços para conseguir libertar os soldados Ehud Goldwasser e Eldad Regev, capturados em julho de 2006.

No sábado, 19, durante uma grande concentração por ocasião da festividade de Ashura em Beirute, Nasrallah disse que o Hezbollah tem "cabeças, pernas e um corpo incompleto de soldados israelenses" em seu poder. Além disso, acusou o Exército israelense de "mentir" para as famílias dos militares.


Nada a declarar!